quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Amor Eterno



De longe se me deixou ver o Senhor, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atrai. Jr 31.31

                O Senhor nos amou por isso nos viu. Nos viu primeiro porque no princípio era Deus. Tal como a mãe vê primeiro a criança recém-nascida antes que essa a veja, Deus nos viu primeiro. Deus nos viu primeiro porque nos viu desde a eternidade. Deus nos viu primeiro porque foi Ele que  nos criou: Deus nos viu como projeto. Deus nos viu em construção. Deus nos viu em acabamento; Deus nos projetou, Deus nos construiu, Deus nos trouxe à existência, Deus nos viu primeiro em todos esses sentidos. Por que atraimos a olhar de Deus? Pode o leproso atrair o olhar do Rei? O que atraiu o olhar do Rei foi nosso estado de mendicância. Assim como o doente atrai o olhar do bondoso médico.  O amor benevolente de Deus não amou porque faltava, amou porque havia em abundância. Amor de Deus se compraz em completar. Porque é melhor dar que receber. Amor que supera o amor dos pais pelos filhos. Amor que supera o amor dos amantes. Como os raios de sol leva vida ao universo a luz do olhar de Deus cria vida em nosso frio coração.
Por que Deus nos amou como amor eterno?
1. Porque o maior fruto desse amor desabrochará na eternidade.
                O tempo não cobre a extensão, a profundidade e a largura desse amor. Enquanto peregrinamos por esse mundo temos alcançado o privilégio de ter um vislumbre desse amor enquanto objetos desse amor de ‘tal maneira’ com o qual fomos amados. Como somos imortais e não eternos, finitos e não infinitos, teremos ‘toda’ a eternidade para compreendermos e sentirmos esse amor que foi e que é de eternidade a eternidade. Nossa felicidade glorificará a Deus. E a glória de Deus será nossa fonte inesgotável de alegria.
2. Porque a salvação prometida a nós necessitava de um amor imutável.
                É impossível que Deus nos assegure uma salvação eterna sem que nos ame com amor eterno. Esse amor eterno nos elegeu ainda na eternidade (Ef.1) e aflorou no tempo em sombras, em tipos, em pactos, em alianças, em dispensações,  de uma geração a outra a atemporalidade desse amor foi-nos confirmada. “Lembra-te, Senhor, das tuas misericórdias e das tuas bondades, que são desde a eternidade.” Salmos 25.6
                Uma outra observação importante é que mesmo o homem não sendo eterno, é imortal, o imortal não é eterno porque teve início, mas durará eternamente “também pôs a eternidade no coração do homem”(Ec 3.11). Não será aniquilado. Não sofrerá destruição. Desta forma fica claro que imutabilidade do amor é resultado da eternidade do Deus que ama. Visto que a imutabilidade é uma qualidade do que é eterno, o amor com o qual Deus amou sua igreja não sofrerá mutações. O amor em Deus é. Deus não muda suas promessas. Deus não revogará o desígnio de salvar os homens por intermédio da morte de um substituto. O plano redentivo de Deus começa na eternidade e desembocará na eternidade.
3. Porque o gozo infinito que nos é prometido depende de um amor eterno.    
                O salmista diz: “Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria,na tua destra, delícias perpetuamente.” Salmos 16.11
                Paulo também diz, “Mas, como está escrito: Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que o amam.” I Co. 2.9
                Deus promete ‘delícias perpetuamente’ ‘para aqueles que o amam’ = gozo para quem o ama. O amor é o meio pelo qual desfrutaremos esse gozo infinito. A menção aos sentidos é  que o que nos é prometido não se compara a nenhuma experiência de felicidade terrena. O que de mais belo os nossos olhos já viram nesse mundo? Não se compara a alegria que a beleza da santidade de Deus provocará nos olhos dos puros de coração. O  ver será gozo. Amém


Pr. Lindomar Moreira

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