sábado, 26 de novembro de 2011

Como se define a confiança em Deus?

1. Um sentimento vivo de nossa necessidade nele, e da insuficiência de todas as demais 'seguranças'. Nunca iremos pedir socorro a Deus se admitimos que podemos ser, fazer ou viver sem Ele.
2. Uma firme convicção na Sua Auto-suficiência. Depois de vermos nossa necessidade e insuficiência, nossa pobreza, nossa miséria, nossa cegueira e nudez, que somos enormementes necessitados, o próximo passo é buscarmos ajuda onde podemos encontrar: é preciso ver que Deus é suficiente para nos ajudar. Devemos acreditar em sua onipotência e que ele é capaz de fazer tudo que precisa ser feito para nós. 
3. Uma firme confiança na natureza misericordiosa de Deus, e que ele está disposto a nos ajudar e agir por nós: a confiança em Deus é uma confiança em sua misericórdia e em sua bondade. Muitos se afastam de Deus porque acham que eles cometeram um pecado tal, que não há misericórdia  em Deus o suficiente para eles. 
4. Um amor a Deus: não há tal coisa como confiar em Deus, enquanto somos inimigos dele e o odiemos, não é possível ir a Deus, e docemente repousar nossas almas sobre Ele enquanto temos uma aversão e uma antipatia a Ele como todos nós naturalmente fazemos.  Assim que entramos nesse mundo olhamos para trás, para Aquele que nos fez e fugimos como se Ele fosse um inimigo mortal e continuamos a correr com toda a nossa força, até que Ele revele sua beleza e sua excelência a nós e nos transforme e nos faça amá-lo: assim nós nos voltamos calmamente para confiar e descansar nele.

5. Uma viva esperança  que ele vai dispensar sua misericórdia sobre nós: não podemos dizer que confiamos em Deus a menos que temos  a esperança de que Ele vai derramar sobre nós aquilo  para o qual confiamos. Como podemos confiar sem a esperança de que Ele concederá aquilo para o qual confiamos? Portanto uma vez que nós nos agarramos a essa esperança, decorrentes desta crença e amor a Deus, não resta outra coisa senão confiar nEle.

6. Um descanso e satisfação na alma, decorrentes de tal crença de amor e esperança em Deus.  A visão de grande necessidade e perigo faz com que o homem fique inquieto e desconfortável: quando a cada minuto ele vê  perigo e destruição a sua volta e não ver nada nem ninguém que possa ajudá-lo ele permanece agitado e angustiado de espírito. Mas, quando ele vê um Deus que pode salvá-lo, e está pronto, e é muito disposto a fazer, e além disso tem dado sua palavra e juramento que vai fazer, que esse Deus é excelente e amável digno de confiança e dependência: ele então espera em Deus, e coloca sua dependência nele, e por isso não teme mais os males que  o ameaçava. Segue-se um descanso, satisfação e tranquilidade na alma, esse confiar em Deus, esse  descansar em Deus, essa satisfação de acreditar em Deus, amando-o, e esperar nele é a confiança de que falamos.


Quem assim confia em Deus está seguro.


Jonathan Edwards



Falsa Esperança

Há uma esperança em Deus que é falsa, é a esperança do hipócrita quem não o livrará quando Deus arrebatar a sua alma, e há uma espécie de esperança em Deus que todos os homens têm, isto é, eles esperam que ao morrerem Deus vá recebê-los em sua felicidade; nem por isso pode se dizer que eles confiam nele, porque dessa forma o pior o homem sobre a terra pode confiar em Deus e continuar perverso.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

OS BONS EFEITOS DO FERIR

Esse ato de ferir é exigido antes da conversão para que assim o Espírito possa abrir caminho para si mesmo dentro do coração ao arrasar todo orgulho, pensamentos altivos, e para que possamos entender a nós mesmos como sendo o que de fato somos por natureza. Amamos nos apartar por nós próprios e a ser estranho em casa, até Deus nos ferir porn uma ou outra cruz, e então caímos em nós mesmos, e voltamo-nos ao lar como o pródigo (Lucas 15.17). É duríssima coisa trazer um coração estúpido e intencionalmente ambíguo a clamar de modo sentido por misericórdia. Nossos corações, como criminosos, até que sejam derrotados em todos os seus subterfúgios, nunca bradam pela misericórdia do juiz.
Outra vez, esse ferir nos leva a dar um alto preço a Cristo. Então o evangelho se torna de fato o evangelho; então as folhas de figo da moralidade não nos farão bem algum. E ele nos torna mais gratos, e, da gratidão, passamos a ser mais frutíferos em nossas vidas; pois o que torna muitos tão frios e estéreis, senão por aquele ferimento pelo pecado, que nunca fazia com que eles estimassem a graça de Deus?
Semelhantemente, esse lidar de Deus estabelece-nos o mais possível em seus caminhos, tendo tido pancadas e ferimentos em nossos próprios caminhos. Esse é, amiúde, a causa de relaxamentos e apostasia, porque os homens nunca sentem a dor pelo pecado de início; eles não estiveram tempo bastante sob o açoite da lei. Aqui, essa obra inferior do Espírito em abater os pensamentos altivos (2 Co 10.5) é necessária antes da conversão. E, no mais das vezes, o Espírito Santo, para promover a obra de convicção, junta a ela alguma aflição, a qual, quando santificada, tem um poder de curar e purgar. Depois da conversão, precisamos ser feridos de modo que os caniços possam saber por si próprios que são caniços, não carvalhos. Mesmo caniços precisam ser feridos, devido ao resto de orgulho em nossa natureza, e nos levar a ver que vivemos por misericórdia. Tal ferimento pode ajudar os cristãos mais fracos a não ficarem por demais desencorajados, quando virem os mais fortes abalados e feridos. Assim foi Pedro ferido quando chorou amargamente (Mt 26.75). Esse caniço, até encontrar com sua ferida, tinha em si mais vento do que seiva quando disse: “Ainda que todos te abandonem, eu nunca te abandonarei” (Mt 26.33, NVI). O povo de Deus não pode ficar sem esses exemplos. Os feitos heróicos daqueles grandes notáveis não confortam a igreja tanto quanto suas quedas e feridas. Assim foi Davi ferido até que chegasse a uma livre confissão, sem espírito ardiloso (Sl 32.3,5); pelo contrário, suas tristezas fizeram surgir em seu próprio sentimento até a intensa dor de quebra dos ossos (Sl 51.8). Assim Ezequias se queixa de que Deus “como um leão” quebrou todos os seus ossos (Is 38.13). Assim precisou o vaso escolhido Paulo do mensageiro de Satanás para o esbofetear para que não devesse se gabar além da conta (2 Co 12.7). Aqui aprendemos que não devemos ser rígidos em demasia ao julgarmos a nós e a outros quando Deus nos exercita com ferimento sobre ferimento. Deve haver uma conformidade com a nossa cabeça, Cristo, que “foi ferido” por nós (Is 53.5) para que possamos conhecer quanto estamos ligados a ele. Espíritos ímpios, ignorantes quanto aos caminhos de Deus em levar seus filhos ao céu, censuram os cristãos esmagados pela dor como pessoas miseráveis, sendo que Deus está operando neles uma obra boa, graciosa. Não é questão fácil trazer um homem da natureza para a graça, e da graça à glória, tão inflexíveis e intratáveis que são nossos corações.

O que desejamos do nosso pastor





(1) Seja íntegro e fiel ao nos nutrir com a Palavra de Deus.
(2) Cuide de sua família. Ela é o seu primeiro rebanho. Então, acreditaremos que cuidará das nossas famílias.
(3) Não perca a ternura.
(4) Não seja orgulhoso.
(5) Não seja um líder centralizador, nem opressor.
(6) Ore por nós e conosco.
(7) Auxilie-nos em nossa santificação pessoal.
(8) Ajude-nos a andar dentro da vontade de Deus.
(9) Instrua-nos na Palavra de Deus acerca do sentido e propósito da nossa vida.
(10) Socorra-nos naqueles momentos de crise e desespero.
(11) Ouça os nossos desabafos, desafetos e problemas nos aconselhamentos, buscando respostas na sabedoria da Palavra de Deus.
(12) Chore conosco as nossas lágrimas.
(13) Não desista de nós.
(14) Esteja ao nosso lado nas angústias mesmo que em silêncio.
(15) Traga-nos à memória porções da Palavra que podem nos dar esperança.
(16) Com amor nos repreenda em nossos pecados, nos exortando ao arrependimento sincero.
(17) Seja sempre um conciliador entre os nossos desentendimentos.
(18) Treine e nos equipe para servirmos com eficácia e aceitação diante de Deus.
(19) Ensine-nos a identificar e usar os nossos dons que o Espírito Santo nos deu.
(20) Ajude-nos a ser produtivos, para não cairmos na futilidade e nem perdermos o nosso propósito de glorificar a Deus. 


 Rev. Ewerton Barcelos Tokashiki