sábado, 12 de novembro de 2011

Zelo

"Zelo é como o fogo: na chaminé, é um dos melhores servos, mas fora da chaminé, é um dos piores mestres. Zelo, mantido pelo conhecimento e sabedoria e em seu devido lugar, serve bem a causa de Cristo e dos santos, mas zelo não delimitado por sabedoria e conhecimento é caminho para destruição, inferno para muitos." 
                                             Thomas Watson

Água Limpa, Balde Manchado!


Fui buscar água hoje cedo na casa da vizinha. Ao chegar lá enchi o baldinho branco que meu filho Caio havia levado. Despretensiosamente ele se acocorou ao lado do balde e disse - pai a água que você colocou no meu balde está suja. Aí eu peguei o balde e dei uma olhada e de fato havia algo parecido com poeira, areia ou coisa parecida. Mas olhando mais atentamente descobri que a sujeira era na verdade, manchas escuras que estavam impregnadas no fundo do balde. Ao retonarmos pra casa vim pensando em como aquela experiência elucidava princípios espirituais. O nosso Mestre fez tantas elucidações maravilhosas comparando coisa natural com coisa espiritual, desta forma Ele fisgava a atenção e tocava o coração dos seus ouvintes, de modo que eles eram atraídos pela maneira peculiar que Ele amealhava coisas naturais, com coisas sobrenaturais. Assim vamos nos deixar ser tocados por essa imagem.
Primeiro, a água de Deus é pura – A fonte de onde ela provém é puríssima. Essa fonte é o próprio Deus, e nEle não há impureza, nEle não há sujeira, nele não há imperfeições. É impossível que a água de Deus conduza sujeira e pó. Porque a fonte de onde ela flui é puríssima. A água que Ele pôs no meu coração é limpa.  Mas como o balde, o nosso coração acumula e carrega manchinhas escuras, há pó no fundo dele.  Agachemo-nos e perscrutemos as mancha que estão impregnadas no fundo do nosso coração. Pois como a criança muitos irrazoavelmente atribuem impureza à água quando é o balde que está sujo, desperdiçando a água muitos perecem, quando não, cavam suas própria cisternas.  
Princípio - A Palavra de Deus é pura. (Sl 19.8)
Segundo, a água de Deus é cristalina - Por que meu filho não olhou a sujeira antes da água ser posta no balde? Tal como água separou a pureza da água da sujeira do balde, assim a transparência da água de Deus destaca a sujeira do nosso coração.  A cristalinidade da água de Deus possibilita seus filhos a ver com clareza as manchas abscônditas dos seus corações. O rei Davi viu com clareza o seu próprio coração, quando o profeta Natã enunciou seu pecado. No salmo 51 ele disse  - lava-me e ficarei limpo. A clareza da água de Deus torna-se eficaz em seus efeitos e resultados trazendo à tona o que antes estava escondido. A simplicidade anda de mãos dadas com a clareza. O Mestre quando estava na beira de um poço em Samaria derramou água transparente no coração de uma mulher e ela teve um vislumbre da sua interioridade.  
Princípio – A Palavra de Deus é clara (Sl 19.7).
Terceiro, a água de Deus é preciosa – Fui à fonte buscar água hoje cedo, porque a água de beber havia acabado. Levo dois baldes, um em cada mão. Em cada balde há uma haste de metal; quando cheios estas hastes machucam minhas mãos, mas vale à pena, essa água é preciosa.  A água que vem da companhia de abastecimento não serve para beber. Lavamos banheiros com ela, roupas, limpamos o chão, regamos as plantas, mas não serve para matar a sede. Não é potável. Há muita impureza. A água que eu busco mata a sede. Essa tem um reservatório só pra ela. Essa é preciosa. Não se lava louça com ela. Não se usa pra limpar o chão ou lavar roupas. A água de Deus é preciosa. Ela só deve ser usada para necessidades específicas – purificar a consciência, limpar o coração, lavar os pecados, criar um espírito santificado, deixa a alma lavada. A preciosidade dessa água está em que seus efeitos não serão produzidos por nenhuma outra coisa nesse mundo. Vale à pena buscar dessa água é beber dela, pois ela produz vida imperecível e alegria atemporal.   
Princípio – A Palavra de Deus é preciosa – (Sl 19.10)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Novidade?

"É uma boa regra, após ler um livro moderno, nunca ler outro, sem antes ter lido um livro antigo entre eles. Se isto for muito difícil para você, tente ao menos ler um livro antigo a cada três livros modernos" C. S. Lewis

Depois de Morto Ainda Fala - Samuel Davies

Samuel Davies, um dos grandes pregadores da América colonial, nas­ceu na Pensilvânia, em 1724, e morreu em Princeton. Nova Jersey, em 176l. Foi ordenado ministro presbiteriano c estabelecido em Hanover, perto de Richmond, Virgínia. Em 1753, o Dr. Davies foi escolhido para ir ao exterior com o reverendo Gilbert Tennant com o fim de angariar fundos para a Universidade de Nova Jersey, hoje Universidade de Princeton. Quando Davies estava na Inglaterra, o rei George II, ouvindo falar de sua fama, convidou-o para pregar na capela real. Durante o sermão, Davies observou o rei falando e rindo com os que estavam perto dele e. interrompendo o discurso que fazia, fixou os olhos no monarca e disse: "Quando o leão ruge, os animais da floresta tremem, e quando o Reí Jesus fala, os príncipes da terra devem manter silêncio". Dizem que os comentários do rei foram expressões de maravilha e encanto diante da eloqüência do pregador. Em todos os eventos, o rei George fez substancial doação para os fundos da universidade, e quando morreu, Davies pregou um sermão sobre o seu caráter e morte. Em 1759, o Dr. Davies foi escolhido para suceder Jonathan Edwards como reitor da Universida­de de Princeton.
Davies escrevia os sermões com grande cuidado, mas, quando os entregava, era livre e eloqüente. Fazendo um comentário sobre sua própria pregação, afirmou: "Talvez uma vez a cada três ou qua­tro meses eu prego em certa medida que desejo, ou seja, prego como na presença de Deus e como se houvesse um passo que separa o púlpito do tribunal supremo. Eu sinto o assunto. Eu me debulho em lágrimas ou estremeço de horror quando denuncio os terrores do Senhor. Eu me inflamo, elevo-me em êxtase santo quan­do o amor de Jesus é meu tema. e, como Ríchard Haxter habituou-se a expressar, em estrofes que mais me admiram do que toda a primorosa poesia do mundo:
Preguei como se tivesse a certeza de que nunca mais pregaria de novo;
E como homem moribundo para homens moribundos".
A ressurreição geral e o último julgamento são temas que têm tocado a alma de grandes pregadores desde que o apóstolo Paulo fez Félix estremecer, quando argumentou com ele acerca da justiça, tem­perança e julgamento por virem. No grandioso sermão do Dr. Davies. “A Ressurreição Geral", a porção mais notável e efetiva é onde ele descreve a relutante alma do ímpio, unida a seu corpo no dia da ressurreição, denunciando o corpo como a causa de seu fracasso neste tempo e de sua miséria na eternidade.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A Despedida de Um Lider

Na vida e na realização da obra de Deus, muitos começam bem e terminam mal. Grandes líderes da Bíblia, da história antiga e moderna, como também da atualidade, construíram grandes obras, realizaram excelentes projetos, desenvolveram magníficos ministérios, mas, ao final, desconstruíram, desfizeram e destruíram tudo com as próprias mãos, mediante idéias e ações desprovidas de bom senso e equilíbrio.
Há varias dicas importantes que podem ser observadas, para o término de uma carreira de liderança bem sucedida.
Mendes (1999, p. 111-112), escrevendo sobre o ministério pastoral, nos dá as seguintes sugestões para serem aplicadas no final de uma carreira:
- Não endividar a igreja para o sucessor
- Preparar os irmãos, incentivando-os a receberem seu novo pastor com alegria
- Ter cuidado para não deixar dívidas pessoais, contratos não cumpridos, e outras pendências que poderiam comprometer seu bom testemunho
- Não exigir indenizações sobre qualquer pretexto. A igreja não é empresa, nem o ministério profissão
- Não “jogar” a igreja contra a liderança de ministérios e convenções no quais esteja filiado, e a quem deve respeito e submissão.
Muitos líderes resistem à idéia e a possibilidade real de encerrar a sua carreira. Eis algumas razões:
- Pensam ser insubstituíveis
- Temem por uma vida ociosa e improdutiva
- Não desejam perder ganhos financeiros, visto que na maioria dos casos de aposentadoria e jubilação, há perdas financeiras (muitos rachas acontecem e novos ministérios surgem por esta causa)
- Insiste na manutenção de alguns privilégios e status que o cargo ocupado lhes outorgam
- São pressionados pela família a se manterem no cargo (neste casos, geralmente, o cargo ocupado acaba servindo de “tetas” para os familiares)
- Não aceitam a idéia de que o seu tempo chegou ao final
Há também o seguinte caso, como bem escreveu Sanders (1985, p. 142) “O progresso da obra é detido durante anos, por homens bem intencionados, mas envelhecidos, que se recusam a desocupar o cargo, e insistem em segurar as rédeas diretivas em suas mãos.
Wong (2006, p. 199-206), aponta os seguintes princípios para terminar bem:
- Para terminar bem no final, temos que começar agora. Terminar bem não é uma consideração futura; ela deve ser uma obsessão do presente.
- Para encerrar bem o último capítulo, temos que terminar bem cada capítulo anterior. Não há como saber quando começaremos o nosso capítulo final, visto a incerteza do tempo da morte. Devemos viver a vida de maneira que, se ela expirar hoje, possamos ter motivos para sermos lembrados pelas coisas boas.
- Para terminar bem, necessitamos de uma perspectiva a partir do fim. Diante de uma decisão a ser tomada, é preciso pensar em como esta decisão afetará o seu final de carreira.
- Para terminar bem cada capítulo, precisamos encerrá-los com a consciência limpa. Estar em paz com nossa consciência é prioritário no caminhar em direção a um bom final.
- Como terminamos depende dos relacionamentos que deixamos para trás. As pessoas com quem andamos, nos relacionamos e escolhemos como amigos, sinaliza o tipo de futuro e final que almejamos.
- Terminar bem é tudo que importa no fim. Não basta alcançar o topo, é preciso descer com segurança, para não perecer na descida. Uma atenção equivalente, ou até superior, deve ser dada ao término, tanto quanto no início de qualquer empreendimento.
É preciso estar atento também às tentações. Muitos líderes no final de suas trajetórias caíram em pecado, envolvendo-se em escândalos sexuais, financeiros, etc.
Josué foi um grande exemplo de um líder que terminou bem. Assim como Paulo, e muitos outros líderes ao longo da história, o texto abaixo lhe é pertinente :
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda.” (2 Tm 4.7-8)
Saber entrar é preciso, saber sair é vital.

Pr. Altair Germano

Qual o problema em gostar um pouco de pornografia?


quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Seu Diabo é Grande Demais




Essa é uma realidade na "igreja" dos nossos dias. O diabo é muito grande, se ficamos fascinados por ele; o diabo é muito grande, se achamos que temos de cumprir um compromisso com ele; o diabo é muito grande se somos vítimas de uma maldição, colocada sobre nós. O diabo é grande demais se vivemos com medo de que nosso futuro esteja em suas mãos...

O pecado aciona a lei das conseqüências não planejadas. Isso é verdade para nós, como para todas as criaturas de Deus.


Por que Satanás estava fadado ao fracasso? Ele era limitado para alcançar o que desejava.

O que Lúcifer esperava alcançar quando se rebelou contra Deus? Ele queria ser semelhante ao Altíssimo. Mas isso seria possível realmente?

Quando teólogos falam sobre Deus, usam três palavras que começam com o prefixo “oni” – que significa simplesmente “todo”. Deus é Onipresente, pois está presente em todos os lugares; Ele é Onipotente, pois é o Todo-poderoso; Ele é Onisciente, pois tem todo o conhecimento. Esses atributos são a própria essência da natureza de Deus.


Quantos desses atributos Lúcifer receberia, se conseguisse ser “semelhante a Deus”? A resposta é fácil e clara: Nenhum.

Ele jamais seria onisciente, ou seja, nunca poderia saber tudo. Ele sabia que um homem planejava assassinar o presidente dos Estados Unidos, quando chegasse a Dallas, Texas, no dia 22 de novembro de 1963. Ele não sabia, contudo, se isso realmente aconteceria. O assassino podia mudar de idéia, a arma podia falhar, ou talvez o motorista do carro, no último instante, resolvesse fazer um itinerário diferente. Deus sabe exatamente o que acontecerá, mas Satanás é capaz apenas de fazer uma previsão acurada. Embora conheça os planos, ele não sabe qual será o resultado final. Ele pode influenciar nas decisões humanas, mas nunca dirigi-las. ( O homem é escravo do pecado em seu próprio coração ) – Suas previsões mais insignificantes sempre envolvem o grande risco de jamais se concretizarem.

Isso explica por que, no Antigo Testamento, o reconhecimento de um falso profeta era feito às vezes pelo erro de suas previsões. Apesar de acertar algumas vezes, somente Deus pode prever o futuro de forma infalível. Portanto, um verdadeiro profeta de Deus sempre acerta 100% das vezes.

E quanto à onipresença? Lúcifer seria capaz de encher todo o universo com sua presença? Poderia estar em todos os lugares simultaneamente? Não, ele jamais conseguiria. Pode viajar rápido, mas quando se encontra na Índia, não consegue estar em Brasília. Quando trava uma batalha no Rio de Janeiro, não pode estar numa reunião de oração na Coréia. Portanto, nunca será onipresente.

É verdade que multidões de demônios estão espalhadas pelo mundo, realizando as obras do diabo, mas cada um desses anjos caídos também não pode estar em dois lugares ao mesmo tempo.

E quanto a onipotência? Lúcifer nunca seria todo-poderoso. Ele não tem poder para criar nem uma molécula, muitos menos estrelas... Nem pode sustentar o Universo pela “palavra do seu poder”. Quando procura imitar a habilidade criadora de Deus, ele sempre apela para as fraudes e falsificações. Não, ele jamais será onipotente.

Em que sentido então ele poderia ser “semelhante ao Altíssimo”? Apenas nisso: ele achou que se tornaria INDEPENDENTE. Ele sabia que suas realizações sempre seriam apenas uma sombra daquilo que Deus pode fazer. A alegria, contudo, de saber que agiria sem a aprovação de Deus, fazia o risco valer a pena. Então poderia dar ordens e não mais recebê-las. Pelo menos esse era o seu plano.

A IRONIA é que na independência alardeada por Satanás, na realidade, tornar-se-ia outra forma de dependência à vontade e aos propósitos de Deus. Realmente, ele não dependeria da orientação do Todo-Poderoso nas decisões que tomasse, mas cada um dos seus atos de rebelião estaria debaixo do controle cuidadoso e da direção de Deus.

Ele, com certeza, podia desafiar o Criador, mas todas as suas atividades sempre seriam restritas àquilo que Deus permitisse. Sua independência só a muito custo poderia ser digna desse nome. Ele se rebelou para não ser mais um servo de Deus e, apesar disso, jamais conseguiu ou conseguirá sua independência.

Se Milton pensou estar certo ao dizer que Lúcifer preferiu ser rei no inferno do que servo no céu, ele (Lúcifer) estava completamente enganado. Lúcifer descobriu, para seu desgosto, que no final continuaria eternamente SERVO DE DEUS. E, como a Bíblia ensina claramente, NÃO EXISTEM REIS NO INFERNO!!!!

Aquele que odiava a idéia de servir, tornar-se-ia um outro tipo de servo. Ao invés do serviço voluntário, abraçaria uma servidão relutante, um serviço com uma motivação diferente em direção a um final diferente; mas, de qualquer maneira, SEMPRE UM SERVO. Finalmente como fazia quando ambos estavam em harmonia.

Satanás estava condenado a uma existência vazia, interminável, sem descanso, e miserável. Ele sempre seria impelido a desprezar a Deus e tentar agir contra Ele. Ainda assim, no final, seria compelido a promover os propósitos divinos. Ao invés da alegria na presença de Deus, teria eterna humilhação; no lugar do amor de Deus, receberia a ira e o juízo eternos.

O orgulho fez com que Lúcifer perdesse todos os seus privilégios. Ele assumiu um grande risco, ao achar que, se não pudesse destronar a Deus, pelo menos conseguiria estabelecer seu próprio trono, em algum lugar do Universo.

Ele subestimou a Deus e superestimou a si mesmo

ELE ERA LIMITADO NAQUILO QUE PODIA PREVER
Lúcifer sabia que surgiriam algumas conseqüências devido à sua decisão, mas não tinha idéia de como seriam. Lembre-se, até esse momento não havia nenhum tipo de rebelião no Universo. Ele não podia aprender com os erros dos outros; e uma vez que cruzou a linha, era muito tarde pra recuar de seu grande propósito. Mais importante, ele não podia prever o advento de Cristo para redimir o homem, nem podia contemplar sua própria condenação eterna no lago de fogo.

Ele não sabia que apenas um terço dos anjos escolheria se unir a sua causa rebelde (Ap 12.4 diz que a cauda do dragão “levou após si a terça parte das estrelas do céu” ). Se ele pensou que todos os que estavam sob sua autoridade ficariam ao seu lado em sua oferta de independência, teve de engolir essa decepção.

Pense nisso. Para cada anjo que o respeitava, dois continuaram fiéis a Deus! Talvez Satanás tenha ficado surpreso por ver como o Céu funcionava bem sem sua supervisão e autoridade. Não importa quão confiantemente ele exercia seu pode adquirido, pois seu sucesso era apenas parcial.

Durante um determinado tempo, ele só pôde remoer o seu erro. Só lhe restava aguardar que Deus desse o próximo passo.

ELE ERA LIMITADO NO CONTROLE DOS DANOS
Apesar de não termos dito explicitamente, existe pouca dúvida em minha mente de que Lúcifer lamentou profundamente sua decisão, no momento em que a mesma foi tomada. Ele havia atravessado um portal desconhecido, na esperança de que o abriria para um brilhante futuro, contudo, não sabia que havia um abismo do outro lado.

Então, tendo experimentado o pecado em primeira mão, ele sabia que perdera a maior aposta de sua carreira. Ele fez a “roda da fortuna” girar e não percebeu que Deus tinha o controle de cada uma das suas rotações. Em qualquer lugar que ela parasse, ele sempre seria o PERDEDOR – um perdedor por TODA ETERNIDADE.

Rapidamente, ele aprendeu que não é gratificante estabelecer um reino rival, só para descobrir que fatalmente falhar. Por mais agradável que seja a independência, não ajuda muito se você é independentemente DERROTADO, independentemente ATORMENTADO e independentemente ENVERGONHADO.

Se ele soubesse disso!! Ele pegou o trem errado, mas, depois de corrompido, seguiria adiante até o final. O arrependimento era impossível por várias razões:

PRIMEIRO, Satanás era e continua incapaz de se arrepender; O ARREPENDIMENTO É UM DOM DE DEUS, dado às pessoas em cujos corações o Todo-Poderoso já opera.

Para Satanás, arrepender-se significaria que existe algo de bom nele; mas nenhuma virtude pode ser encontrada no mesmo. Então, ele se tornou totalmente mau, irremediavelmente perverso. E Deus resolveu abandoná-lo, para o seu fim bem merecido.

Como já aprendemos, um Lúcifer perfeito deixou o mal brotar dentro de si, mas desde que a corrupção estava completa, o bem nunca mais existiria dentro dele. Quando era uma criatura perfeita, era capaz de cometer o mal, mas, uma vez que foi contaminado, ele jamais seria capaz de fazer o bem. A corrupção seria completa, irreversível e total. O pecado então se tornaria uma necessidade moral.

SEGUNDO e mais importante: mesmo que Lúcifer se arrependesse, ele não seria redimido, pois nenhum sacrifício foi feito pelos seus pecados. Cristo carregou apenas os pecados dos homens (eleitos ) e não os dos anjos. “Pois na verdade ele não socorre a anjos, mas sim à descendência de Abraão. Pelo que convinha que em tudo fosse semelhantemente aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, a fim de fazer propiciação pelos pecados do povo” (Hb 2.16,17).

Sem uma propiciação disponível, o comportamento rebelde de Lúcifer tornou-se então irrevogável e permanente. Daquele momento em diante, sua passagem pelo Universo seria em uma linha reta, direto para uma eternidade de vergonha e humilhação. Para ele, não haveria uma segunda chance.

Lúcifer aprendeu uma importante lição: uma criatura pode estabelecer uma confusão, mais jamais pode endireitar as coisas” A lei das conseqüências não planejadas seria sempre aplicada por toda a eternidade. Somente Deus pode, se assim desejar, conter ou reverter as conseqüências da desobediência.

ELE ERA LIMITADA NO CONHECIMENTO DE DEUS

Os atributos primários de Deus é sua santidade. Lúcifer, que desejou ser semelhante a Deus, na verdade permaneceria tão longe desse atributo, quanto seria possível estar.

Não sabemos o quanto Deus se revelava às criaturas angelicais, mas Lúcifer, acredito, devia conhecer suficientemente a Deus pra saber que Ele jamais dividiria sua glória com alguém. Quanto mais algo Lúcifer aspirasse subir, maior seria seu fracasso.

Será que ele julgou mal a Deus, ao achar que o amor do Todo-Poderoso suplantaria qualquer possibilidade de julgamento severo? Não sabemos, é claro, mas tenha em mente que Lúcifer conhecia apenas o perfeito amor de Deus. O conceito de justiça simplesmente não existia. Desde que não existia desobediência no Universo, não havia necessidade da demonstração da ira divina. Lúcifer não previu até onde Deus poderia ir pra preservar sua honra.

Lúcifer achava que conhecia a Deus, mas ainda tinha muito o que aprender. Se ele simplesmente tivesse confiado no que não conseguia entender e crido no que não podia saber por si mesmo, seu futuro teria sido diferente.
Agora que ele sabia mais sobre Deus, ERA TARDE DEMAIS.

ELE ERA LIMITADO PARA ENTENDER A DIFERENÇA ENTRE O TEMPO E A ETERNIDADE.
Lúcifer deveria saber que nenhuma exaltação momentânea pode compensar uma eternidade de HUMILHAÇÃO; ser adorado por um momento não pode compensar uma eternidade de desprezo; nenhum momento de excitação pode compensar uma eternidade de tormento. Uma hora no inferno fará com que a excitação de se opor a Deus se desvaneça no eterno esquecimento.

Eis aqui uma lição para nós. Nenhuma decisão pode ser considerada boa, se a eternidade prova que ela é ruim. Explicando melhor, nenhuma decisão nessa vida pode ser boa a não ser que se torne excelente na eternidade. Somente um ser que conhece o futuro e o passado pode prescrever o que é melhor para nós. Nós julgamos baseados no tempo, mas somente Deus pode revelar os julgamentos baseados na eternidade.

Daquele momento em diante, Lúcifer venceria apenas pequenas batalhas, mas seria forçado a perder a guerra. Se ele apenas tivesse levado Deus mais a sério, não teria subestimado a capacidade infalível do Todo-Poderoso de puni-lo. Se a grandiosidade do pecado é determinada de acordo com a grandiosidade do ser contra quem é cometido, Lúcifer então cometeu um ERRO GIGANTESCO.

E. Lutzer

Medite Dia e Noite

A meditação é um dever que alimenta alma, é uma graça que fortalece o dever, é o dever coroando o dever. A meditação é a enfermeira da oração. Jerônimo chama seu paraíso; Basilío chama seu tesouro, onde todas as graças estão guardadas; Teofilato chama  a porta e portal pela qual entramos na glória; e Aristóteles, embora um pagão, coloca a felicidade na contemplação da mente. Você pode ler muito e ouvir muito mas sem meditação você nunca vai ser excelente, você nunca será  um cristão eminente.

Thomas Brooks, 1659

O Astro Rei- Jesus

O que a mão é para o alaúde,
O que o sopro é para a flauta.
O que a fragrância é para o olfato,
O que a nascente é para o poço,
O que a flor é para a abelha,
Isso é Jesus Cristo para mim.
O que a mãe é para o filho,
O que o guia é na selva ínvia,
O que é o óleo para a onda turbada,
O que é o resgate para o escravo,
O que é a água para o mar,
Isso é Jesus Cristo para mim.


David Otis Fuller

terça-feira, 8 de novembro de 2011

MÉTODOS DE MEDITAÇÃO NA ESCRITURA






1. Repita o verso ou frase com ênfase em uma palavra de cada vez.
      
                “Fazei tudo que ele dizer” (Jo 2.5)
                “Fazei tudo que ele dizer”
                “Fazei tudo que ele dizer”
                “Fazei tudo que ele dizer”
2. Reescreva o verso ou frase em suas próprias palavras (Parafraseie)
3. Procure aplicar o texto – o que você fará em resposta ao texto?
4. Formule um princípio do texto.
5. Ore através do texto.
6. Faça perguntas ao texto (Fp 4.8)
                Que verdade o texto exemplifica ou o qual é sentido da palavra ‘verdadeiro’ no texto?
                O que é honrável?
                O que é justo?
                O que é puro ou como o texto exemplifica pureza?
                O que é ‘há algum louvor’?
7. Mais perguntas:

                O que esse texto está definindo ou descrevendo?
                Quais são suas principais divisões ou partes?
                Qual é a ‘razão ou causa’ por trás desse texto?
                Quais são seus frutos/efeitos?
                O que é contrário ao que o texto está ensinando?
                A que se compara o que está sendo ensinado?
                Quais são os exemplos que as Escrituras nos dão dessa passagem?
8. Encontre uma conexão entre todo os parágrafos que você leu.
9. Mapei a meditação.
·     Coloque o verso(s), a palavra, a frase, ou o tópico a ser meditado, no meio da página. (Quando possível na forma de uma fígura)
·         Assinale idéias e pensamentos que sugirem rápida e livremente.
·         Use palavras chaves para identificar suas idéias.
·         Use menos palavras quanto possível por linha, por idéia...
·         Use pincéis para destacar o que está sendo enfatizado na passagem.

Don Whitney


Traduzido por Pr. Lindomar Moreira