sábado, 29 de dezembro de 2012

Escolha agora, e escolha certo (por C.S.Lewis)

POR QUE Deus está desembarcando de forma mascarada neste mundo ocupado pelo inimigo, dando início a uma espécie de sociedade secreta para minar o Diabo? Por que ele não invadiu à força? Será que ele não é forte o suficiente? Bem, os cristãos pensam que Deus acabará desembarcando à força, só não sabemos bem quando. Mas não é difícil adivinhar por que ele está demorando tanto. Deus deseja nos dar a chance de andar livremente ao lado dele. Suponho que não pensaríamos bem de um francês que esperasse até os aliados estarem marchando para o interior da Alemanha para só depois anunciar que estava do nosso lado. Deus acabará invadindo a [história]. Mas eu me pergunto se as pessoas que pedem que Deus intervenha aberta e diretamente no nosso mundo já se deram conta de como será quando ele assim fizer. Quando isso acontecer, será o fim do mundo. Quando o autor caminha para o palco, a peça acabou. Deus acabará invadindo [a história], sem dúvida; mas de que lhe valerá dizer que você está do lado de Deus, vendo todo o universo se derretendo, como em um sonho, e vendo ainda algo que jamais você pôde imaginar, vindo com um grande estrondo; algo tão belo para uns e tão terrível para outros, de que ninguém terá meios de escapar? Dessa vez estaremos diante de um Deus sem disfarces; algo tão impressionante que suscitará ou um amor irresistível ou o mais irresistível horror em cada criatura. Então, será tarde demais para escolher de que lado
você está. Não existe utilidade alguma em dizer que você optou por se deitar, quando não há possibilidade de você se levantar. Essa não será a hora de escolher; será a hora em que acabaremos descobrindo qual dos dois lados nós escolhemos de fato; não importa se nós havíamos nos dado conta disso antes ou não. É hoje que nos é dada a chance de escolher o lado certo. Deus está mantendo essa chance aberta. Mas essa situação não durará para sempre. É pegar ou largar.
– de Mere Christianity [Cristianismo Puro e Simples] Retirado de Um Ano com C. S. Lewis (Editora Ultimato, 2005)

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

PALAVRAS DE CONFORTO DO DEUS DE CONFORTO INCOMPARÁVEL (Is 40.1-31)


Nos capítulos 40-48, há um contraste entre o Senhor poderoso e os ídolos impotentes. Esta seção também prevê a libertação do remanescente da Babilônia, que Deus profetizou de antemão, à vergonha e à derrubada de ambos os ídolos e adoradores de ídolos. O libertador Ciro, é chamado a cerca de 200 anos antes de ele aparecer na história. Este poder exclusivo de prever demonstra a Divindade de Javé e é a base para Isaías apresenta – LO a Israel como seu Deus incomparável. Assim, os capítulos 40-48 são uma profecia da libertação de seu povo do cativeiro Babilônico através de Ciro, algo que ninguém poderia prever. Tal habilidade identifica Deus, seu Deus, como totalmente Incomparável.

1.     “Consolai, consolai o meu povo,” o tema da promessa de Deus ao seu povo e a base da absoluta necessidade de seu cumprimento, 40.1-11.

a.       A ordem contínua aos Seus pregadores, 40.1-2.

(1)    Embora Ele discipline, Ele não cessa de amar, 40.1 (Hb 12.1-12).

(2)    A volta da ira para o conforto tem chegado, 40:2.

b.      Deus virá e habitará entre eles, e toda a humanidade verá sua glória, 40.3-5.

c.       O homem perecível versus a Palavra imperecível de Deus, 40.6-8.

(1)    O homem como planta nasce, floresce, e então desaparece, geração após geração, 40.6-8a.

(2)    Em contraste com a natureza não durável do homem, a promessa de Deus de libertar seu povo, será cumprida porque descansa sobre a autoridade divina eterna, 40.8b.

d.      Os pregadores devem proclamar que Ele está até agora pronto para habitar no meio do Seu Povo, 40.9-11.

(1)    Eles devem proclamar com ousadia e sem medo o desejo de Deus habitar com o Seu povo, 40.9.

(2)    Ele virá como Recompensador (10) e como Pastor, 40.11.

2.     O cumprimento da promessa de Deus libertar Seu povo descansa sobre o poder de Sua pessoa, 40.12-17.

a.                  Seu todo poderoso poder que ninguém mais tem 40.12.

b.                  Sua infinita sabedoria, que ninguém mais tem 40.12-13.

c.                   Sua exaltação como Governadora do mundo, que ninguém mais pode se gabar, 40.15-17.

3.     Quão infinito e sábio o Governador do universo é (12-17) superior a qualquer ídolo com o qual o homem pode compará-lo, 40.18-24.

a.       Os melhores ídolos não se comparam com esse Deus, 40. 18-19

b.      O mais insignificante ídolo não se compara a esse Deus, 40.20.

c.       A excelência incomparável de Deus pode ser vista:

(1) Na criação, 40.21,22.

(2) Na história, 40. 23,24.

4.     O Deus incomparável que criou os céus (25-26) é o mesmo que dá força e apoia o Seu povo (27-29). A única condição pra que sua ajuda seja dada a cada um, é esperar por Ele (40.30-31). Não pelo eu, não pelo pecado, não por Satanás. Por essa razão essa oração é tão indispensável para o cristão individual quanto para igreja comunidade. Como Kidner diz: “Esperar por Deus é aceitar Seu tempo e por essa razão sua sabedoria; isto marca a diferença entre a atitude de Saul e a atitude de Davi para com Deus (I Sm 26.8-14). Entre a atitude de Isaías e a atitude de Israel (Is. 30.15-18). Fé é tudo que é necessário para garantir participação na força de Deus .

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Avivamento Urgente

"Acredito que estaria cumprindo o meu dever de elevar os afetos dos meus ouvintes tão alto quanto me fosse possível, posto que eles não sejam afetados por nada, senão pela verdade, e por afetos que não discordem da natureza do assunto. Sei que já é velha praxe desprezar um modo de pregar muito caloroso e patético; e só tem sido apreciados como pregadores aqueles que mostram a mais ampla cultura, poder de raciocínio e correção na linguagem. Mas humildemente concebo que foi por falta de entender ou de estudar devidamente a natureza humana, que já se pensou que ela tem a maior propensão para atender aos fins da pregação; e a experiência da época passada e da atual confir­ma sobejamente o mesmo. Embora seja certo, como eu disse antes, que a clareza do discernimento, a ilustração, o poder de raciocínio e um bom méto­do de manejo doutrinário das verdades da religião, de muitas maneiras são necessários e proveitosos, e não devem ser negligenciados, todavia, não é o aumento no conhecimento especulativo de teologia que as pessoas necessitam tanto como algo mais. Os homens podem ter grande soma de luz, e não ter nenhum calor. Quanto dessa espécie de conheci­mento tem havido no mundo cristão na época atual! Porventura já houve alguma época em que o vigor e a penetração da razão, a extensão da cultura, a exatidão do discernimento, a correção do estilo e a clareza de expressão fossem tão abundantes? E, contudo, houve alguma época em que tenha havido tão pouco senso da malignidade do pecado, tão pouco amor a Deus, disposição celestial e santida­de no viver, entre os que professam a religião verdadeira? Nossa gente não precisa ter suas cabe­ças abastecidas, tanto como precisa ter os seus corações emocionados; e a nossa gente está na maior necessidade da espécie de pregação mais propensa a fazer isso" Jonathan Edwards

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Maturidade Cristã


Considerem, também, que a conversão não é sadia, se vocês não estão sinceramente desejosos de crescer. A graça não é verdadeira, se não houver desejo de maior porção dela; sim, se não houver desejo de alcançar a própria perfeição. Uma criança não nasce para permanecer criança, pois isso seria monstruoso; mas para crescer e alcançar a maturidade. Assim como o reino de Cristo neste mundo é comparado por Ele a um pouco de fermento e a um grão de mostarda, no início, que depois cresce de modo espantoso; assim o Seu reino na alma é também da mesma natureza. Se vocês estão contentes com a porção de graça que têm, vocês não têm graça alguma, mas apenas uma sombra ou imitação dela. Será que alguém acha que deve racionar a santidade e argumentar que se deve ser moderado quanto a isso; como se fosse intemperança amar a Deus, temê-lO, buscá-lO e obedecê-lO mais do que o fazem - como se estivéssemos em perigo de excesso ao fazer isso? Se uma pessoa sincera e por experiência souber o que é a santidade, jamais poderá conceber tal idéia.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Cristo é Tudo Para Nossa Salvação

"Cristo é o caminho: os homens sem Cristo são como Caim, errantes pelo mundo. Cristo é a Verdade: sem Ele, os homens são enganadores tal como o diabo, desde a antiguidade. Cristo é a vida: sem Ele, os homens estão mortos em delitos e pecados. Cristo é a luz: sem Ele, os homens estão em trevas e não sabem para onde vão. Cristo é a videira: os homens que não estão em Cristo são ramos cortados e preparados para o fogo. Cristo é a rocha: os homens que não estão construídos sobre Ele serão arrastados pelas torrentes. Cristo é o Alfa e o Ômega, o princípio e o fim, o Autor e o Consumador, Aquele que começa e Aquele que conclui a nossa salvação. Quem não tem a Cristo, não possui o princípio do bem, e sua infelicidade não terá fim. Oh, bendito Jesus, seria melhor não existir do que existir sem Ti! Melhor não nascer do que morrer sem Ti! Mil infernos não são piores do que a eternidade sem Ti!" John Owen

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Não se Contente com sua Pregação Medíocre

Nosso evangelho não chegou até vós tão-somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção.
1 Thess 1.5
Quero examinar um lugar onde há demasiada mediocridade na igreja de Jesus Cristo: a pregação. Por cerca de 40 finais de semana por ano eu estou com alguma parte do corpo de Cristo em algum lugar do mundo. Muitas vezes, não sou capaz de sair no sábado e, por isso, vou assistir ao culto da congregação local (quando não estou programado para pregar). O que estou prestes a dizer provavelmente vai me encrencar, mas estou convencido de que precisa ser dito. Estou triste e angustiado por dizer isso, mas já estou cansado de ouvir palestras teológicas chatas e mal preparadas, dadas por pregadores não inspirados, lendo manuscritos, e tudo isso feito em nome da pregação bíblica.

Não estou surpreso que as mentes das pessoas divaguem. Eu não estou surpreso que as pessoas têm lutado para se manter atentas e despertas. Estou surpreso que mais não têm. Eles têm sido ensinados por alguém que não trouxe as armas apropriadas para o púlpito, a fim de lutar por eles e com eles. A pregação é mais do que regurgitar seu comentário exegético favorito, reformular os sermões de seus pregadores favoritos, ou remodelar as notas de uma de suas aulas favoritas do seminário. É trazer as verdades transformadoras do Evangelho de Jesus Cristo de uma passagem que foi devidamente compreendida, convincentemente e praticamente aplicada, e entregue com a ternura envolvente e a paixão de uma pessoa que foi quebrantada e restaurada pelas verdades que ela irá comunicar. Você simplesmente não pode fazer isso sem a devida preparação, meditação, confissão e adoração.

Simplesmente não dá para você começar a pensar em uma passagem pela primeira vez no sábado à tarde ou à noite e dar o tipo de atenção que ela precisa. Você não será capaz de compreender a passagem, de ser pessoalmente afetado e de estar preparado para dá-la aos outros de uma forma que contribua à contínua transformação deles. Como pastores, temos que lutar pela santidade da pregação, ou ninguém mais o fará. Temos que exigir que os afazeres do nosso trabalho permitam o tempo necessário para se preparar bem. Temos que arranjar tempo em nossas programações para fazer o que for necessário para cada um de nós, considerando nossos dons e nossa maturidade, estejamos preparados como porta-vozes para nosso Rei Salvador. Não podemos acomodar com padrões que denigram a pregação e degradem a nossa capacidade de representar um Deus glorioso de uma graça gloriosa. Não podemos nos permitir estarmos muito ocupados e distraídos. Não podemos estabelecer padrões baixos para nós mesmos e para aqueles a quem servimos. Não podemos nos desculpar e acomodar. Não podemos nos permitir espremer mil reais em preparação em poucos centavos de tempo. Não devemos perder de vista Aquele que é Excelente e a excelente graça que fomos chamados para representar. Não podemos, porque estamos despreparados, deixar Seu esplendor parecer chato e sua maravilhosa graça, ordinária.

A cultura e disciplina que envolve a nossa pregação sempre revelam o verdadeiro caráter de nossos corações. É exatamente aí que a confissão e o arrependimento precisam acontecer. Não podemos culpar as exigências de nosso trabalho ou nossa ocupação. Não podemos apontar o dedo para as coisas inesperadas que aparecem no calendário de cada pastor. Não podemos culpar as demandas da família. Temos que humildemente confessar que a nossa pregação é medíocre e que não está subindo ao patamar para o qual fomos chamados. Nós somos o problema. O problema é que perdemos a nossa admiração, e com essa perda nos acomodamos em apresentar a excelência de Deus de uma forma que não é nada excelente. Qualquer forma de mediocridade no ministério é sempre um problema do coração. Se isso o descreve, então corra ao seu Salvador em humilde confissão e abrace a graça que tem o poder de resgatá-lo de si mesmo, e, ao fazer isso, restaurar a sua admiração.
 
PAUL TRIPP

terça-feira, 9 de outubro de 2012

A PERDA DA VISÃO TRADICIONAL DE DEUS COMO SANTO


“A perda da visão tradicional de Deus como Santo... É a chave para entendermos porque pecado e graça têm se tornado termos tão vazios. Que significado esses termos podem ter se não estiverem relacionados com a Santidade de Deus? Divorciado da santidade de Deus pecado é meramente comportamento derrotista ou quebra de etiqueta. Divorciada da Santidade de Deus graça é meramente retórica vazia, uma técnica moderna pela qual os pecadores conquistam a própria salvação deles. Divorciado da Santidade de Deus, nosso Evangelho tornar-se apenas mais uma opção de doutrina de autoajuda. Divorciado da santidade de Deus nossa adoração torna-se apenas entretenimento. A Santidade de Deus é pedra de esquina da fé cristã, pois ela é o fundamento da realidade. Pecado é uma afronta a Santidade de Deus, a cruz é vitória da Santidade de Deus, e fé é o reconhecimento da Santidade de Deus. Portanto, compreendermos a santidade de Deus é a chave para compreendermos a vida, compreendermos como é Cristo, compreendermos porque Ele veio, e como a vida terminará” (David Wells).

 

sexta-feira, 29 de junho de 2012

SER PASTOR!


 Eu sou pastor em uma comunidade. Não é sempre que digo isso, mas eu sou pastor, sim. Na maioria das vezes, quando conheço novas pessoas, não falo imediatamente que sou pastor. Não é por vergonha do chamado espiritual. Muito pelo contrário. Mas porque esta palavrinha, atualmente, está muito distante e distorcida do que ela realmente significa. Só depois de alguma convivência e com mais tempo é que eu falo que sou pastor e o que REALMENTE um pastor faz ou deveria fazer.

Em primeiro lugar, um pastor não deveria ir para a televisão ou rádio pedir dinheiro e vender produtos, livros e CDs usando como apelo a fé das pessoas. Pastores não devem ser vistos como seres com poderes especiais e mais importantes para Deus do que qualquer outra pessoa, por menor e mais simples e até mesmo pecadora que seja. Pastores também erram, falham, são humanos, não estão acima do bem e do mal.

Pastores nem sempre são iletrados, ignorantes, presunçosos, arrogantes, superiores, donos da verdade, estrelas, distantes, egocêntricos, megalomaníacos e golpistas. Pastores nem sempre enganam os membros de suas comunidades e enriquecem com dinheiro dos dízimos e ofertas. Nem todos os pastores utilizam técnicas de autossugestão para fazer fiéis chorarem, se emocionarem, entrarem em transes de “purificação” coletiva e entregarem todo o dinheiro que têm. Mesmo que seja isso que apareça o tempo todo nas televisões.

Infelizmente, se alguém disser hoje que é pastor, será logo lembrado como aqueles homens da televisão, expulsando demônios falsos e pedindo ofertas. Ou pior ainda: serão, invariavelmente, fora dos arraiais das igrejas, vistos como pessoas totalmente desconexas da realidade, quando não muito, tidos por neuróticos e até mesmo hipócritas por pregarem uma coisa na igreja e fazerem outra totalmente diferente fora dela.

Prefiro não ser chamado de pastor a ser associado a um destes modelos atuais de empresários da fé.

Não defendo denominações, não brigo para dizer que minha religião e suas regras de fé e práticas são melhores do que outra. Nem mesmo ao cristianismo imputo a infalibilidade, porque sei que nenhuma instituição religiosa ou filosófica tem em si mesma a verdade absoluta para salvação de ninguém.

Olho para Jesus e vejo nele o Pai, um Deus pessoal, que se relaciona comigo como sou, mesmo que eu não mereça tal cuidado dele. Simples assim. Longe de eu ter alcançado o status de "perfeito" ou "sabedor de toda a verdade", aprendo com ele na Bíblia. Sim, na Bíblia. Um pouco a cada dia. Sou discípulo dele e não da leitura que a religião faz dele e me diz como é que tem que ser.

Livre da carga institucional, eu o vejo e o percebo no meu dia a dia, nas coisas mais simples e também mais complexas e importantes. Do culto que dirijo em minha comunidade ao encontro com minha esposa e meus filhos, ou uma reunião de negócios que eu tenha a tratar com algum cliente. Em tudo Deus está presente na minha vida.

Não creio num Deus esotérico, que somente seja compreendido por um grupo restrito de "iluminados". Não creio em um Deus onde só se tenha acesso através de algum ritual ou palavras apropriadas. Creio num Deus que fala comigo, mas também fala com o PHD em neurociências, com uma pessoa muito humilde e até mesmo uma criança.

Vou além: creio em um Deus que não precisa nem mesmo ser chamado pelo nome que as religiões dão a ele para ouvir o pedido sincero de um coração aflito por respostas. Não é por acaso que Jesus disse que muitos viriam do oriente e do ocidente (Mateus 8.11), até mesmo prostitutas e pecadores, tomariam lugar à mesa no Grande Dia, a frente daqueles que se consideram "santos" ou "exclusivamente salvos".

Outro aspecto incompreensível de Deus para as instituições religiosas é que ele entende o coração, os sentimentos das pessoas, e não somente o que elas conseguem externar em palavras. Logo, alguém que não saiba identificar Deus exatamente como um cristão consegue, poderá se surpreender um dia com a Graça infinita do Deus que não leva em consideração o tempo de ignorância, mas vê a sinceridade e a verdade do coração que o busca até sem saber dizer seu nome. A salvação e o relacionamento com Deus não são exclusividade de alguma religião ou grupo de sacerdotes. Pertence ao Deus que é essencialmente amor.
O Deus que nos entende até sem palavras te abençoe rica, poderosa e sobrenaturalmente!

Graça e Paz.




Pr. Givaldo Martins

quarta-feira, 27 de junho de 2012

SAL DA TERRA!


Há um ‘quê’ de suspeita e desconfiança de crentes que restringem a relação com Deus apenas ao templo, pois tal prática não nos diferencia em nada de católico romanos. Há templolatria pode tornar-se um grande obstáculo ao culto da vida que todos nós fomos convocados a praticar diariamente. Sinais da decadência espiritual da igreja são visíveis quando se restringe as práticas piedosas às quatro paredes da ‘igreja’. Talvez seja por essa razão que as pessoas mudam tanto de igreja, saem em busca de ‘ungidões’, de gente que aprendeu o pulo do gato espiritual, de lugares sagrados, amuletos e relíquias sagradas para fazerem e manterem contato com o divino, meras compensações para justificar a busca pessoal por Deus sem intermediações de terceiros.  

A ideia de igreja no primeiro século era de um ajuntamento de pessoas amarradas pelo amor às verdades básicas do evangelho e não a ir a um lugar ou frequentar um lugar. Delimitar o exercício da fé somente ao dia santo Domingo, pegar à bíblia apenas quando se vai ao templo, cantar somente na companhia de outros irmãos, orar apenas em público, são práticas católicas e não cristãs. A espiritualidade no coletivo precisar ser acompanhada de espiritualidade voluntária e pessoal - “entra no teu quarto e, fechada à porta, orarás a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em secreto, te recompensará” (Mt 6: 6).  Jesus também nos alertou sobre o perigo de ter como motivação uma determinada quantia de pessoas para cultuá-lo, pois Ele disse: “Porque, onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, ali estou no meio deles.” (Mt 18:20).

Correndo o risco de ser mal interpretado eu diria o seguinte – hoje a igreja-templo pode ser o maior empecilho para o ide de Jesus. Continue servindo a Deus coletivamente, pois o Espírito falou pelo escritor inspirado – “Não deixemos de congregar-nos”, mas não sobreponha a espiritualidade comunitária sobre a espiritualidade íntima e pessoal, não dependa exclusivamente do pastor para entender a Bíblia, não dependa exclusivamente do templo para ter contato com Deus, não dependa exclusivamente de uma áurea espiritual coletiva para ‘sentir’ a presença de Deus, não dependa exclusivamente de instrumentos para cantar a graça de Deus, bom senso e discernimento espiritual podem nos resguardar de enganos e ilusões. Lembre-se, Jesus é o templo no qual você e eu nos encontramos com Deus.

Pr. Lindomar Moreira

sexta-feira, 8 de junho de 2012

PEDRAS QUE CLAMAM

Lya Luft
Há quem diga que sou otimista demais. Há quem diga que sou pessimista. Talvez eu tente apenas ser uma pessoa observadora habitante deste planeta, deste país. Uma colunista com temas repetidos, ah, sim, os que me impactam mais, os que me preocupam mais, às vezes os que me encantam particularmente. Uma das grandes preocupações de qualquer ser pensante por aqui é a educação. Fala-se muito, grita-se muito, escreve-se, haja teorias e reclamações. Ação? Muito pouca, que eu perceba. Os males foram-se acumulando de tal jeito que é difícil reorganizar o caos.
Há coisa de trinta anos, eu ainda professora universitária, recebíamos as primeiras levas de alunos saídos de escolas enfraquecidas pelas providências negativas: tiraram um ano de estudo da meninada, tiraram latim, tiraram francês, foram tirando a seriedade, o trabalho: era a moda do “aprender brincando”. Nada de esforço, punição nem pensar, portanto recompensas perderam o sentido. Contaram-me recentemente que em muitas escolas não se deve mais falar em “reprovação, reprovado”, pois isso pode traumatizar o aluno, marcá-lo desfavoravelmente. Então, por que estudar, por que lutar, por que tentar?
De todos os modos facilitamos a vida dos estudantes, deixando-os cada vez mais despreparados para a vida e o mercado de trabalho. Empresas reclamam da dificuldade de encontrar mão de obra qualificada, médicos e advogados quase não sabem escrever, alunos de universidades têm problemas para articular o pensamento, para argumentar, para escrever o que pensam. São, de certa forma, analfabetos. Aliás, o analfabetismo devasta este país. Não é alfabetizado quem sabe assinar o nome, mas quem o sabe assinar embaixo de um texto que leu e entendeu. Portanto, a porcentagem de alfabetizados é incrivelmente baixa.
Agora sai na imprensa um relatório alarmante. Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabe ler nem escrever. Não entende para o que serve a pontuação num texto. Não sabe ler horas e minutos num relógio, não sabe que centímetro é uma medida de comprimento. Quase a metade dos mais adiantados escreve mal, lê mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingente de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo estudantes analfabetos.
Naturalmente, a boa ou razoável escolarização é muito maior em escolas particulares: professores menos mal pagos, instalações melhores, algum livro na biblioteca, crianças mais bem alimentadas e saudáveis – pois o estado não cumpre o seu papel de garantir a todo cidadão (especialmente a criança) a necessária condição de saúde, moradia e alimentação.
Faxinar a miséria, louvável desejo da nossa presidenta, é essencial para nossa dignidade. Faxinar a ignorância – que é uma outra forma de miséria – exigiria que nos orçamentos da União e dos estados a educação, como a saúde, tivesse uma posição privilegiada. Não há dinheiro, dizem. Mas políticos aumentam seus salários de maneira vergonhosa, a coisa pública gasta nem se sabe direito onde, enquanto preparamos gerações de ignorantes, criados sem limites, nada lhes é exigido, devem aprender brincando. Não lhes impuseram a mais elementar disciplina, como se não soubéssemos que escola, família, a vida sobretudo, se constroem em parte de erro e acerto, e esforço. Mas, se não podemos reprovar os alunos, se não temos mesas e cadeiras confortáveis e teto sólido sobre nossa cabeça nas salas de aula, como exigir aplicação, esforço, disciplina e limites, para o natural crescimento de cada um?
Cansei de falas grandiloquentes sobre educação, enquanto não se faz quase nada. Falar já gastou, já cansou, já desiludiu, já perdeu a graça. Precisamos de atos e fatos, orçamentos em que educação e saúde (para poder ir a escola, prestar atenção, estudar, render e crescer) tenham um peso considerável: fora isso, não haverá solução. A educação brasileira continuará, como agora, escandalosamente reprovada.

quarta-feira, 6 de junho de 2012

NOVAS RAÍZES, BONS FRUTOS.


O machado já está pronto para cortar as árvores pela raiz. Toda árvore que não dá frutas boas será cortada e jogada no fogo.
Mt 3:10

Só pela regeneração Deus pode nos salvar de performances e cerimônias vazias e impuras. Como esperar ‘bons desejos’ de uma pessoa se ela nunca foi regenerada?
Meus filhos precisam ter o coração mudado se desejo que eles amem a Deus, tenham prazer nos meios de graça, congreguem como crentes, cantem a Bíblia, odeiem seus pecados com toda a força de seus corações, e produzam fruto digno de uma nova criatura.  A árvore pode exibir uma folhagem esplendorosa, mas sem a mudança de coração não vale a pena os esforços exteriores, o fruto amargo continuará sendo amargo; a árvore, embora em pé, continua morta. A correta compreensão desse princípio deverá determinar como devo orar pelos meus filhos.
Há ocasiões que oramos para que nossos filhos sejam mais assíduos nos cultos, amem a Deus, pratiquem disciplinas espirituais, sem que seus corações de pedras tenham sidos transformados em corações de carne.  O desejo de um novo coração deve corresponder à realidade santa de Deus. O coração deve desejar o que Deus deseja. Amar o que Deus ama e odiar o que Deus justa e legalmente odeia. Nosso clamor a Deus precisa ser para que Ele mude a raiz da árvore, efetue o milagre da transformação, transforme lagartas em borboletas, capacite os nossos filhos a responderem ao seu amor com arrependimento e fé. Que sejam capazes de lutar contra o vício, a pornografia, a cobiça, a luxúria e o pecado de qualquer natureza e vencer - pelo poder do Espírito Santo que os revitaliza com força espiritual. Essa é ordem espiritual da salvação, isto é, santificação segue a regeneração. Glória a Deus porque Ele pode efetuar o milagre de mudança no fruto por mudar a raiz.
Pr. Lindomar Moreira
“Nossos corações corruptos não podem dar bons frutos a menos que o Espírito regenerador de Cristo implante a boa palavra de Deus neles. Contudo, toda árvore que tenha muitos dons e honras, por verde que pareça em sua profissão e desempenho externo, se não der bom fruto, frutos dignos de arrependimento, é cortada e lançada no fogo da ira de Deus, o lugar mais apto para as árvores estéreis; para que outra coisa servem? Se não dão fruto, são boas como combustível.” Matthew Henry

O consolo de Deus na hora do luto

O consolo de Deus na hora do luto

Hernandes Dias Lopes
De todas as dores da vida, a dor do luto parece ser a mais aguda. É uma dor que lateja na alma e assola nossa vida. Todos nós, num dado momento da vida, teremos que enfrentar essa dor. Não existe nenhuma família que escape desse drama. Não é fácil ser privado do convívio de alguém que amamos.
Não é fácil enterrar um ente querido ou um amigo do peito. Não é fácil lidar com o luto. Já passei várias vezes por esse vale de dor e sombras. Já perdi meus pais, três irmãos e sobrinhos. Sofri amargamente. Passei noites sem dormir e madrugas insones. Molhei meu travesseiro e solucei na solidão do meu quarto.
A dor do luto dói na alma, aperta o peito, esmaga o coração e arranca lágrimas dos nossos olhos. Jesus chorou no túmulo de Lázaro e os servos de Deus pranteavam seus mortos. Porém, há consolo para os que choram. Aqueles que estão em Cristo têm uma viva esperança, pois sabem que Jesus já venceu a morte. Ele matou a morte e arrancou seu aguilhão. Agora a morte não tem mais a última palavra. Jesus é a ressurreição e a vida. Aqueles que nele creem nunca morrerão eternamente.
Agora, choramos a dor da saudade, mas não o sentimento da perda. Perdemos quem que não sabemos onde está. Quando enterramos nossos mortos, sabemos onde eles estão. Eles estão no céu com Jesus. Para os filhos de Deus, que nasceram de novo, morrer é deixar o corpo e habitar com o Senhor. É partir para estar com Cristo, o que é incomparavelmente melhor. Os que morrem no Senhor são bem-aventurados!
O fato de termos esperança não significa que deixamos de sofrer. A vida não é indolor. Nossa caminhada neste mundo é marcada por dissabores, decepções, fraquezas, angústias, sofrimento e morte. Aqui cruzamos desertos tórridos, descemos a vales profundos, atravessamos pântanos perigosos. Nossos pés são feridos, nosso coração afligido e nossa alma geme de dor. Não estamos, porém, caminhando rumo a um entardecer cheio de incertezas. O fim da nossa jornada não é um túmulo gelado, mas a bem-aventurança eterna. Entraremos na cidade celestial com vestes alvas e com palmas em nossas mãos.
Celebraremos um cântico de vitória e daremos glória pelos séculos sem fim, ao Cordeiro de Deus, que morreu por nós, ressuscitou, retornou ao céu e voltará em glória para buscar sua igreja. Teremos um corpo imortal, incorruptível, poderoso, glorioso e celestial, semelhante ao corpo da glória de Cristo. Deus enxugará dos nossos olhos toda a lágrima. As lembranças do sofrimento ficarão para trás.
Na Nova Jerusalém, na Cidade Santa, no Paraíso de Deus, na Casa do Pai, não haverá mais luto nem pranto nem dor. Ali reinaremos com Cristo e desfrutaremos das venturas benditas que ele preparou para nós. Nossa tribulação aqui, por mais severa, será apenas leve e momentânea, se comparada com as glórias por vir a serem reveladas em nós. O nosso choro pode durar uma noite inteira, mas a alegria virá pela manhã!
Três verdades essenciais do Cristianismo formam as colunas de sustentação da nossa viva esperança. A primeira delas é que Jesus ressuscitou dentre os mortos e triunfou sobre a morte. Agora, a morte não tem mais a última palavra. A morte foi tragada pela vitória! A segunda verdade é que Jesus voltou ao céu e enviou o Espírito Santo, o Consolador, para estar para sempre conosco.
Não estamos órfãos. Não caminhamos sozinhos pelos vales escuros da vida. O Espírito Santo consolador está em nós e intercede por nós ao Deus que está sobre nós. A terceira verdade é que Jesus vai voltar gloriosamente para buscar sua igreja. Naquele glorioso dia, os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro e os que estiverem vivos serão transformados e arrebatados para encontrar o Senhor Jesus nos ares, e assim, estaremos para sempre com o Senhor. Essas verdades enchem o nosso peito de doçura e abrem para nós uma eterna fonte de consolação.
.

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Relações de Bolso


“Estamos longe de saber tudo o que nossas paixões nos induzem a fazer”

La Rochefoucauld



Independente do nível de comprometimento relacional que as pessoas têm umas com as outras, existe algo que eu chamo de "moeda de troca" relacional.
 Acontece mais ou menos assim: nós estabelecemos uma hierarquia do amor, depois  estabelecemos uma moeda de troca e capital de giro nas nossas relações. Consequentemente nós descobrimos o que ameaça o objeto do nosso amor e o que lhe torna feliz e alegre. Por exemplo, se uma menininha ‘ama’ demais o seu pai, ela vai desenvolver mecanismos que lhe ajude na conta relacional com seu pai, ela pode usar como moeda relacional segredar ao pai as peraltices do irmão.Uma pessoa pode ser amiga de outra, para descobrir suas fraquezas e posteriormente usar isso como investimento na amizade dela com outro amigo mais chegado.
Bajulação é uma moeda muito comum nas relações humanas. Bajula-se para receber atenção, para que em troca o outro diga  algo que compense a auto-rejeição. Bajula-se para encobrir fobias e temores do bajulado. O carneiro elogia a juba do leão pra ver se ele não o devora.
Outra moeda bastante comum nas relações humanas é a maledicência. A pessoa adora sentar com outra para fofocar sobre a vida de outrem. Dão ótimas gargalhadas, contando sobre as vestes da fulaninha da igreja. Até se deliciam com a infelicidade que acometeu o outro. Em alguns níveis e com algumas pessoas essas relações são parasitárias e, com outras pessoas, são de cooperação e sacrifício. Pois isso concordo com Cícero, que dizia que não há verdadeira amizade se a base dessa relação não são virtudes. Já é pecado não amar, mais ainda manipular para se beneficiar.

“Falam com falsidade uns aos outros, falam com lábios bajuladores e coração fingido” Sl 12:2

Pr. Lindomar

domingo, 20 de maio de 2012

Humanas Inquietações


As necessidades multifacetadas do nosso coração nos empurra pra tanto lugares. Uns totalmente contraditórios. Outros guerreiam dentro da gente. Uns amores, outros temores. Uns amigos, outros terrores. Somos seres puxados pra baixo, pressionados pra cima, empurrados pra frente; Alguns desses sonhos nos acalentam o desejo de continuar acordando bem cedo com um sorriso no rosto. Outros terrificam o nosso estado de espírito nos fazendo desejar permanecer dormindo e não mais acordar. Nossa vida gira em torno dos que nos são mais caros e custosos. Um amor mais profundo por quem um dia perdemos a amizade e Deus em sua bondade nos deu privilégio de reconquistar. Um amor quase culposo pelo filho que deu mais trabalho. Uma saudade desmedida do pai que partiu deixando lembranças e recordações em cada canto do casarão. Se ama os filhos com amor que se dá, ou se os ama com amor que apenas dar. Se fala a verdade que estar insatisfeito no casamento ou se omite a verdade para preservar a boa vivência. Assim nos mantemos andando sobre o fio de arame como equilibristas, ora, em repouso, ora, inquietos; suspensos no ar buscando equilíbrio, buscando ser coração de mãe. Deus nos ajude a não sacrificar o mais importante pelo menos importante. Balão soprado pra todos os lados terminam estourando.    
Pr. Lindomar Moreira

sexta-feira, 18 de maio de 2012

SALVAÇÃO DO AUTO-ENCARAMUJAMENTO


                Às vezes o que nós chamamos de a ‘vontade de Deus’ não passa de auto-engano. Nosso eu racionaliza e começa a nos tapear, fazendo promessas e compensações pelo engano da auto-justificação. Se expor a um confessor piedoso e compassivo que nos ouve e que nos confronta com santo amor e santo tato, nos salva de cair profundamente nesse abismo sem fundo. Às vezes isso entra na nossa vida como um mecanismo de autoconfiança diante das intempéries e exigências que a vida nos faz. Outras vezes esse auto-engano camuflado é um recurso que nós usamos para nos proteger da manipulação de outros, que tentam por todos os caminhos mandar na nossa vida, e persistem em dizer como deve ser nossa conduta e a nossa forma de ser.
          Além de se ter um confessor amoroso e bom ouvinte, temos a necessidade de receber - nas áreas inférteis da nossa alma - os raios reluzentes da face de Deus. Se expor a pescrutabilidade de Deus como fez Davi no Salmo 139. O raio da onisciência deve produzir esse espontâneo derramar de alma diante de Deus com liberdade e sinceridade de criança. Sem maquiar nossos sentimentos, nossos ódios velados, nossas ambigüidades e contradições adormecidas, sob a capa das aparências exteriores. Sem olhares acusadores e intimidadores dos cultuadores do templo. O conhecimento do Pai Nosso sobre nós não deve nos assombrar, mas encorajar a sairmos da penumbra e mergulharmos, mas profundamente no seu amor e na sua graça. Só assim seremos salvos do auto-encaramujamento.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Mesmo Antigo Evangelho Para o Problema de Sempre


                Muitas vezes a motivação por trás de ser um ‘pastor legal’ é a manutenção financeira da minha família. Hoje vejo pastores mais preocupados com programas e entretenimentos do que com alimentar suas ovelhas com comida e alimento de valor permanente e/ou que geram uma satisfação permanente. Não vejo Jesus apresentando um evangelho Teen aos adolescentes de sua época. Não vejo Jesus apresentando um evangelho diferente aos jovens que Ele encontrou pelo caminho. Não O vejo fazendo uso de religião de entretenimento para atrair as pessoas para entrarem no reino. O que eu vejo é Jesus abrindo caminho nos porões dos corações com a verdade e com a graça, de modo que todos se sentiam incomodados e desafiados a considerar o que Carpinteiro de Nazaré estava falando. Deus já determinou os meios de graça pelos quais eu sou chamado a crescer e a permanecer na trilha do discipulado radical. Devido à pressão que muitos pastores sofrem atualmente, abrem mão da oração, do jejum, da leitura da palavra, da participação diária na vida comunitária da igreja, participação da mesa do Senhor, e se envolvem numa corrida louca por programas para manter as pessoas na igreja. Diante dessa realidade precisamos fazer a nós mesmos perguntas cruciais e inquietantes:
Ao mudar de uma igreja as pessoas que ‘influenciei’ ainda permanecem lá? No que elas me elogiam Deus me elogiará? A forma como elas querem ser pastoreadas é a forma que Deus deseja que elas sejam pastoreadas? Não se esforcem pelo pão que perece, disse Jesus. Será que não é um esforço vão, buscar segurar jovens e adolescentes na igreja levando-os a gostar de programinhas que no mínimo traz uma satisfação de uma hora ou de poucos minutos, por quê? Não queremos nos afadigar na Palavra. Se afadiguem na Palavra disse Paulo a Timóteo. Eu não quero ser chamado por Deus de um pastor cavador de cisternas rotas. Cisternas rotas não retém vida permanente. Vira vapor.  Dê as pessoas só que eles querem e amanhã cedo estarão na sua porta querendo outra vez. A questão é, o que foi dado? Precisamos levar a sério essas questões. Pedir a Deus sabedoria para aplicarmos a Palavra, de maneira que ajude os jovens e adolescentes, a combater o veneno com o antídoto certo.   

“Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará.” I Co 3:12-13

Pr. Lindomar

segunda-feira, 7 de maio de 2012

A Felicidade É...

"Alguns anos atrás, um advogado especializado em divórcio sugeriu que a maioria dos casos de divórcio acontece como resultado de expectativas romantizadas. Jack imagina que estar casado com Jill será o auge do êxtase. Ele a chama de 'anjinho' e 'queridinha'. Ela é tudo aquilo de que ele precisa. Ele canta para ela músicas românticas. Pouco tempo depois do grande dia, a realidade surge: há mal-humor, ganho de peso, jantares queimados, secador de cabelo, mau-hálito e cheiro de suor. Ele fica imaginando como foi parar ali. Ele secretamente acha que ela o enganou. Ele apostou sua felicidade no 'rostinho de anjo' e perdeu.

Por outro lado, antes de se casar, o coração de Jill batia um pouco mais acelerado quando pensava em Jack. Será o paraíso estar casada com ele. 'Jackie e eu e o bebê, nós três... no meu Paraíso Azul'. Logo há as cinzas de cigarro, sua compulsão por esportes na televisão, pequenas atitudes que magoam. As roupas são jogadas no chão em ordem cronológica. Seu cavaleiro em armadura brilhante se torna um desleixado. A tampa da pasta de dentes sumiu. A maçaneta que ele prometeu consertar sempre sai na mão dela. Jill chora muito, começa a procurar "conselheiros matrimoniais" nas páginas amarelas. Jack a levou de modo galante para ver o pôr-do-sol. Depois disso, tudo foi escuridão. Em torno de 50% de todos os casamentos terminam em divórcio e 65% de todos os segundos casamentos terminam em uma tristeza traumática. Quando esperamos que alguém ou alguma coisa nos faça feliz, a desilusão é o resultado quase certo. Tais expectativas são como um piquenique que termina com chuva. O lugar chamado "Camelot" e a pessoa chamada "Certa" não existem... Certa vez vi uma charge com uma mulher enorme de pé ao lado do marido franzino exigindo: "Faça-me feliz!" Era uma charge e a intenção era fazer rir. Era uma distorção da realidade. Por isso que era engraçada. Ninguém pode nos fazer verdadeiramente feliz ou verdadeiramente infeliz."2

sexta-feira, 4 de maio de 2012

O EVANGELHO POR JOÃO CALVINO

Sem o evangelho
tudo é inútil e vão;
sem o evangelho
nós não somos cristãos;
sem o evangelho
qualquer  riqueza é pobreza,
toda sabedoria é loucura diante de Deus;
a força é fraqueza,
e toda a justiça do homem está sob a condenação de Deus.
Mas é pelo conhecimento do evangelho que somos feitos
filhos de Deus,
irmãos de Jesus Cristo,
concidadãos dos santos,
cidadãos do Reino dos Céus,
herdeiros de Deus com Jesus Cristo, por quem
os pobres são feitos ricos,
o fraco é feitos forte,
os tolos feitos sábios,
o pecador é justificado,
o desesperado é consolado,
o duvidoso ganha certeza,
e os escravos são libertos.

O evangelho é o poder de Deus para a salvação de todos aqueles que acreditam.
Segue-se que todas as coisas boas que podemos pensar ou desejar são encontradas em Jesus Cristo.

Pois, ele foi
vendido, para nos comprar de volta;
cativo, para libertar-nos;
condenado, para absolver-nos;

ele foi
feito  uma maldição para a nossa bênção,
feito  uma oferta pelo pecado para a nossa justiça;
traspassado para sermos justos;

ele morreu para essa vida, de modo que por ele

a fúria virou amizade,
a ira foi aplacada,
a escuridão se transformou em luz,
o medo desapareceu,
o ódio foi desprezado,
a dívida cancelada,
o fardo aliviado,
a tristeza virou alegria,
o infortúnio virou sorte,
a dificuldade se tornou fácil,
o caos se tornou ordenado,
a divisão unida,
a vergonha se tornou nobre,
a rebelião foi dominada,
a ameaça vencida,
a emboscada descoberta,
os ataques suspensos,
a força retraída,
o combate combatido,
a guerra vencida,
a vingança conquistada,
o tormento atormentado,
a condenação condenada,
o abismo afundou no abismo,
o inferno foi silenciado,
a morte morreu,
a mortalidade se fez imortal.

Em suma,
a misericórdia engoliu toda a miséria,
e a bondade todas as desgraças.

Todas estas coisas que deveriam ser as armas do diabo em sua batalha contra nós, e o aguilhão da morte para nos perfurar, foram transformadas para nós em exercícios que podemos utilizar para nosso proveito.

Se somos capazes de dizer como o apóstolo: Ó inferno, onde está tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão? É porque pelo Espírito de Cristo, que foi prometido aos eleitos, não vivemos mais, mas Cristo vive em nós, e estamos pelo mesmo Espírito, sentados entre aqueles que estão no céu, de modo que para nós o mundo já não existe, mesmo enquanto conversamos nele. Por causa disso estamos contentes em todas as coisas, em qualquer lugar, qualquer condição, com qualquer roupa, com qualquer comida…

E somos
confortados na tribulação,
alegres na tristeza,
gloriosos na vergonha,
abundantes na pobreza,
aquecidos em nossa nudez,
pacientes entre os males,
vivos em meio morte.