sexta-feira, 18 de maio de 2012

SALVAÇÃO DO AUTO-ENCARAMUJAMENTO


                Às vezes o que nós chamamos de a ‘vontade de Deus’ não passa de auto-engano. Nosso eu racionaliza e começa a nos tapear, fazendo promessas e compensações pelo engano da auto-justificação. Se expor a um confessor piedoso e compassivo que nos ouve e que nos confronta com santo amor e santo tato, nos salva de cair profundamente nesse abismo sem fundo. Às vezes isso entra na nossa vida como um mecanismo de autoconfiança diante das intempéries e exigências que a vida nos faz. Outras vezes esse auto-engano camuflado é um recurso que nós usamos para nos proteger da manipulação de outros, que tentam por todos os caminhos mandar na nossa vida, e persistem em dizer como deve ser nossa conduta e a nossa forma de ser.
          Além de se ter um confessor amoroso e bom ouvinte, temos a necessidade de receber - nas áreas inférteis da nossa alma - os raios reluzentes da face de Deus. Se expor a pescrutabilidade de Deus como fez Davi no Salmo 139. O raio da onisciência deve produzir esse espontâneo derramar de alma diante de Deus com liberdade e sinceridade de criança. Sem maquiar nossos sentimentos, nossos ódios velados, nossas ambigüidades e contradições adormecidas, sob a capa das aparências exteriores. Sem olhares acusadores e intimidadores dos cultuadores do templo. O conhecimento do Pai Nosso sobre nós não deve nos assombrar, mas encorajar a sairmos da penumbra e mergulharmos, mas profundamente no seu amor e na sua graça. Só assim seremos salvos do auto-encaramujamento.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

O Mesmo Antigo Evangelho Para o Problema de Sempre


                Muitas vezes a motivação por trás de ser um ‘pastor legal’ é a manutenção financeira da minha família. Hoje vejo pastores mais preocupados com programas e entretenimentos do que com alimentar suas ovelhas com comida e alimento de valor permanente e/ou que geram uma satisfação permanente. Não vejo Jesus apresentando um evangelho Teen aos adolescentes de sua época. Não vejo Jesus apresentando um evangelho diferente aos jovens que Ele encontrou pelo caminho. Não O vejo fazendo uso de religião de entretenimento para atrair as pessoas para entrarem no reino. O que eu vejo é Jesus abrindo caminho nos porões dos corações com a verdade e com a graça, de modo que todos se sentiam incomodados e desafiados a considerar o que Carpinteiro de Nazaré estava falando. Deus já determinou os meios de graça pelos quais eu sou chamado a crescer e a permanecer na trilha do discipulado radical. Devido à pressão que muitos pastores sofrem atualmente, abrem mão da oração, do jejum, da leitura da palavra, da participação diária na vida comunitária da igreja, participação da mesa do Senhor, e se envolvem numa corrida louca por programas para manter as pessoas na igreja. Diante dessa realidade precisamos fazer a nós mesmos perguntas cruciais e inquietantes:
Ao mudar de uma igreja as pessoas que ‘influenciei’ ainda permanecem lá? No que elas me elogiam Deus me elogiará? A forma como elas querem ser pastoreadas é a forma que Deus deseja que elas sejam pastoreadas? Não se esforcem pelo pão que perece, disse Jesus. Será que não é um esforço vão, buscar segurar jovens e adolescentes na igreja levando-os a gostar de programinhas que no mínimo traz uma satisfação de uma hora ou de poucos minutos, por quê? Não queremos nos afadigar na Palavra. Se afadiguem na Palavra disse Paulo a Timóteo. Eu não quero ser chamado por Deus de um pastor cavador de cisternas rotas. Cisternas rotas não retém vida permanente. Vira vapor.  Dê as pessoas só que eles querem e amanhã cedo estarão na sua porta querendo outra vez. A questão é, o que foi dado? Precisamos levar a sério essas questões. Pedir a Deus sabedoria para aplicarmos a Palavra, de maneira que ajude os jovens e adolescentes, a combater o veneno com o antídoto certo.   

“Contudo, se o que alguém edifica sobre o fundamento é ouro, prata, pedras preciosas, madeira, feno, palha, manifesta se tornará a obra de cada um; pois o Dia a demonstrará, porque está sendo revelada pelo fogo; e qual seja a obra de cada um o próprio fogo o provará.” I Co 3:12-13

Pr. Lindomar