terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Analogias de Fé




A natureza é apenas a imagem, o símbolo; mas o símbolo que as Escrituras me convidam a usar. Somos chamados a passar pela natureza e seguir para além dela, até aquele esplendor que ela reflete de forma tão irregular. C. S. Lewis

O coração regenerado é um...
Um  coração casa – Adornada com quadros de boas lembranças, tem um sofá acolhedor na sala, uma mesa para o chá da comunhão na cozinha, um quarto aconchegante para os cansados, uma vitrola tocando uma canção alegre para os de alma angustiada, vitrais coloridos para embelezar o olhar dos que gostam de paisagens, balaustres que enfeitam e iluminam o branco das paredes. Um ar de quietude e calmaria pacifica o ambiente, deixando-o aprazivel e desejável.  “...e eu tornarei mais gloriosa a casa da minha glória.” Is. 60:7 – Somos a casa mais gloriosa de Deus, mais que todos os templos já construídos.
Um coração jardim – Há borboletas coloridas voejando por toda parte, pássaros cantam a vida, flores dão um toque de ternura e leveza, um cheiro que perfuma a alma dos homens e alegra o coração de Deus, árvores verdes e belas, o cordeiro e o leão pastam juntos. Um caramanchão sob a sombra de um carvalho dá as boas vindas.    “..serás como um jardim regado...” Is 58:11, Deus tem plantado um jardim dentro de nós de beleza exuberante.
Um coração fonte – A água é potável, dulcíssima, palatável, cristalina...Não é uma fonte sazonal, mas jorra o tempo todo. No período de seca muitos a buscam para se saciarem. Flui graça, perdão, misericórdia, amor, empatia, paciência e perseverança nos seus veios. Os rios que dela se formam produz vida nos desertos por onde passam.  “Aquele, porém, que beber da água que eu lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele uma fonte a jorrar para a vida eterna.” Jo 14.6, O Espírito de Deus fez surgir milagrosamente uma fonte de água doce no chão árido do nosso coração.
Um coração templo – Deus habita no meio dele, há  adoração ininterrupta, há um castiçal iluminando o lugar, há um altar onde o eu está sendo sacrificado diariamente, a fumaça da oração sobe aos céus como cheiro suave, Cristo está assentado a destra de Deus, e o Espírito Santo ensina a dama consciência sobre os mistérios de Deus. Nesse coração- templo, o culto precisa ser deleite,  prazer e alegria perpetuamante.  “Não sabeis vós que sois  o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” I Co 3:16

Um dia compreenderemos que a realidade exterior foi criada para elucidar e representar a realidade interior da vida espiritual. O sobrenatural fez uso do natural, para nos atrair para glória de Deus. Amém

Pr. Lindomar Moreira

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O EFEITO CASCATA DA PALAVRA


 Reflexão sobre ler e escrever

Tenho pensado sobre a importância de ler e escrever. Há várias razões por que eu escrevo. O fato de que eu leio é uma das razões que mais me compelem a escrever. Digo-lhes que meu principal sustento espiritual vem do Espírito Santo por meio da leitura. Por conseguinte, ler é mais importante para mim do que comer. Se eu ficasse cego, pagaria a alguém a fim de que lesse para mim. Tentaria aprender braile. Compraria livros gravados em fitas cassetes. Preferiria viver sem comida a viver sem livros. Por isso, escrever parece algo que me dá vida, visto que alimento a minha vida com muito do que leio.
Combine isto com as palavras de Paulo em Efésios 3.3-4: “Segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo”.
                 A igreja primitiva foi estabelecida pelos escritos dos apóstolos, bem como pela pregação deles. Deus resolveu enviar sua palavra viva ao mundo por trinta anos, e sua Palavra escrita, por dois mil anos. Pense sobre a intenção que estava por trás desta resolução divina. As pessoas, em cada geração, seriam dependentes daqueles que lêem. Algumas pessoas, se não todas, teriam de aprender a ler — e ler bem — para serem fiéis a Deus.
                Assim tem sido por milhares de anos. Geração após geração tem lido as percepções de seus escritores. Esta é a razão por que novas afirmações de antigas verdades são continuamente necessárias. Sem elas, as pessoas lerão o erro. Daniel Webster disse:
Se livros religiosos não circularem amplamente entre as massas, neste país, não sei o que nos tornaremos como nação. Se a verdade não for difundida, o erro o será. Se Deus e sua Palavra não forem conhecidos e recebidos, o diabo e suas obras ganharão ascendência. Se os livros evangélicos não alcançarem cada vilarejo, as páginas de literatura corrupta e licenciosa alcançarão.
                Milhões de pessoas se envolverão em leitura. Se não lerem livros cristãos contemporâneos, lerão livros seculares contemporâneos. Elas lerão. É admirável observar as pessoas em aeroportos. Somente nos aeroportos, em qualquer momento, existem centenas de pessoas lendo. Uma das coisas com a qual nós, crentes, precisamos estar comprometidos, além da leitura, é a atitude de dar livros espirituais àqueles que podem lê-los, mas não os compram.
O efeito cascata é incalculável. Considere esta ilustração:
Um livro escrito por Richard Sibbes, um dos mais seletos escritores puritanos, foi lido por Richard Baxter, que foi muito abençoado pelo livro. Depois, Baxter escreveu Um Apelo ao Não-Convertido, que influenciou profundamente Philip Doddridge, o qual, por sua vez, escreveu O Surgimento e o Progresso do Cristianismo na Alma. Este livro trouxe William Wilberforce, um político e inimigo da escravatura, a reflexões sérias sobre a eternidade. Wilberforce escreveu o seu Guia Prático do Cristianismo, que incendiou a alma de Leigh Richmond. Este, por sua vez, escreveu A Filha do Leiteiro, que trouxe milhares ao Senhor, ajudando, entre outros, Thomas Chalmers, o grande pregador.
                Parece-me que, em uma cultura literária como a nossa, na qual muitos sabem como ler e livros se encontram disponíveis, o mandato bíblico é que você continue a ler aquilo que lhe abrirá, mais e mais, as Escrituras e que continue a orar por escritores saturados com a Bíblia. Existem importantes livros antigos para lermos, mas cada nova geração necessita de seus próprios escritores para tornar a mensagem nova. Leia e ore. Depois, obedeça.


John Piper

MORRER É GRANDE LUCRO


 CINCO RAZÕES PARA ISTO

Para toda pessoa melancólica, que pensa de maneira patológica
sobre a morte, existem provavelmente milhões de pessoas
que não pensam muito a respeito dela. Quando Moisés
contemplou a brevidade da vida, ele orou: “Ensina-nos a contar os
nossos dias” (Sl 90.12). É bom pensarmos na morte. Devemos viver
bem para que morramos bem. Parte do viver bem inclui o aprendermos
por que a morte é lucro.
Nesta meditação, oferecemos cinco razões, mas elas representam
apenas um pouco das glórias. Por exemplo, elas não contemplam
a grande glória da ressurreição; mas, embora fiquem aquém daquele
grande Dia, existe o suficiente para nos deixar sem fôlego e dizer,
como Paulo:
Para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.

1. No momento da morte, os crentes serão aperfeiçoados.
Não haverá mais pecado em nós. Acabaremos com a luta interior
e com os desapontamentos de ofender o Senhor, que nos amou e a Si
mesmo se entregou por nós.
“Mas tendes chegado ao monte Sião e à cidade do Deus vivo, a
Jerusalém celestial, e a incontáveis hostes de anjos, e à universal
assembléia e igreja dos primogênitos arrolados nos céus, e a Deus, o
Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados” (Hb 12.22-
23).
2. No momento da morte, seremos libertos do sofrimento deste
mundo.

Ainda não desfrutaremos da alegria da ressurreição, mas teremos
o gozo de ser livres do sofrimento. Jesus contou a história de Lázaro
e o rico para mostrar a grande reversão que ocorre na morte: “Então,
[o rico] clamando, disse: Pai Abraão, tem misericórdia de mim! E
manda a Lázaro que molhe em água a ponta do dedo e me refresque
a língua, porque estou atormentado nesta chama. Disse, porém,
Abraão: Filho, lembra-te de que recebeste os teus bens em tua vida, e
Lázaro igualmente, os males; agora, porém, aqui, ele está consolado;
tu, em tormentos” (Lc 16.24-25).
3. No momento da morte, ganharemos profundo descanso
em nossa alma.

Haverá uma serenidade sob o olhar e o cuidado de Deus que
ultrapassa qualquer coisa que já conhecemos neste mundo, no mais
brando entardecer de verão, ao lado do mais pacífico lago, em nossos
momentos mais felizes.
“Vi, debaixo do altar, as almas daqueles que tinham sido mortos
por causa da palavra de Deus e por causa do testemunho que sustentavam.
Clamaram em grande voz, dizendo: Até quando, ó Soberano
Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue
dos que habitam sobre a terra? Então, a cada um deles foi dada uma
vestidura branca, e lhes disseram que repousassem ainda por pouco
tempo” (Ap 6.9-11).
4. No momento da morte, experimentaremos um profundo
senso de estar em casa
.
Toda a raça humana, mesmo sem perceber, sente muita falta de
Deus. Quando formos ao lar, para viver com Cristo, haverá um
contentamento que excede qualquer senso de segurança e paz que
conhecemos. “Estamos em plena confiança, preferindo deixar o corpo
e habitar com o Senhor” (2 Co 5.8).
5. No momento da morte, estaremos com Cristo.
Cristo é a pessoa mais maravilhosa que qualquer outra na terra.
Ele é mais sábio, mais forte e mais amável do que qualquer pessoa
com quem nos alegramos em passar tempo. Cristo é sempre
interessante. Ele sabe exatamente o que fazer e o que dizer, em cada
momento, para tornar os seus amigos tão felizes quanto puderem ser.
Cristo transborda amor e infinita percepção a respeito de como usar
seu amor para fazer que os seus sintam-se amados. Por isso, Paulo
disse: “Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.
Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não
sei o que hei de escolher. Ora, de um e outro lado, estou constrangido,
tendo o desejo de partir e estar com Cristo, o que é incomparavelmente
melhor” (Fp 1.21-23).
Com estas cinco razões para considerarmos a morte como lucro,
vimos apenas a superfície da maravilha. Existe mais — muito mais

John Piper